2º Ano Ensino Médio - Noturno - Identidade
Caro estudante!
Nessa aula vamos abordar o que são valores. Vamos falar de alguns princípios que norteiam a vida das
pessoas e refletir sobre o que atribuímos ter valor na nossa vida.
À medida que cada pessoa se desenvolve, os valores vão sendo construídos. Eles são fundamentos
éticos e morais considerados importantes na vida de cada um. Pois, valorizar alguma coisa significa darlhe importância. Os valores, em geral, são expressos por substantivos abstratos (realização, ousadia,
amor, tranquilidade, alegria, etc.), mas podem ser usados em pequenas expressões (ser amado,
sentir alegria, receber elogios, etc.) ou ainda, em frases (acho importante presentear as pessoas, é
fundamental demonstrar sentimentos, etc.) para exprimi-los.
É Interessante pensar sobre os valores, não é mesmo?
As atividades que se seguem nesta aula tem como objetivo estimular uma reflexão sobre os seus valores
e ajudá-lo a perceber que cada pessoa tem o seu conjunto de valores.
ATIVIDADES
ENTENDENDO VALORES HUMANOS
Os valores são frutos das trocas de afeto com as pessoas com quem convivemos. Sobre isso, temos
como exemplo, o que acontece com uma criança recém-nascida. Ela está sempre sob os cuidados
permanentes (alimentação, banho, carinho, etc.) de alguém que cuida dela. E assim, existe uma grande
possibilidade de que a criança projete sentimentos positivos sobre tal pessoa, que geralmente é
chamada de mãe. Sabia que a construção de valores se dá desde o nosso nascimento? E à medida que
nos desenvolvemos, desde a infância, alguns valores serão mais intensos, é o que chamamos de valores
centrais, enquanto outros valores terão menor intensidade, o que chamamos de valores periféricos
de nossa identidade.
Mas, os valores não são rígidos e podem mudar durante a vida. Um bom exemplo é que uma pessoa
pode mudar seus valores aos 50 anos de idade depois de se tornar avó ou aos 25 anos depois de um
primeiro emprego. Isso significa que os valores dependem da intensidade dos sentimentos morais que
desenvolvemos.
1 — Meus Sentimentos.
O mesmo valor pode ser central (quanto mais se gosta/interno) ou periférico (quanto menos se
gosta/periférico) na identidade de cada pessoa, isso depende das pessoas envolvidas e contextos
das situações que ocorrem, ou seja, a identidade de uma mesma pessoa pode variar de acordo
com os contextos e as experiências de cada um. Explicando melhor:
• Há pessoas que consideram mais importante ter dinheiro ou usar uma roupa de grife famosa
do que ser justo ou honesto;
• Há pessoas que consideram importante ser íntegro; assim, é improvável, por exemplo, que elas
se neguem a pagar uma dívida. Se elas agem contra esse valor, sentem-se envergonhadas.
Isso porque o valor central dessa pessoa é a honestidade;
• Há pessoas que entendem a honestidade como um valor periférico; o fato de ficarem, por
exemplo devendo R$ 0,50 centavos na farmácia, não as deixam incomodadas.
É importante compreender que quanto mais se gosta de algo, mais isso é central na vida dessa
pessoa, assim podemos citar mais um exemplo: há pessoas que adoram futebol e por isso deixam
de está com algumas pessoas ou fazer outras coisas, para assistir a uma partida. Isso, portanto, é
central na identidade dessa pessoa.
Ainda explicando sobre valores centrais e periféricos, digamos que alguém pode ser honesto, por
exemplo, em relação aos amigos (meio interpessoal) ou absolutamente desonesto em relação ao
governo, ao não pagar impostos (meio sociocultural).
Partindo das explicações anteriores, responda:
a) Para o início dessa atividade, é muito importante que você defina o seu próprio conceito de
valor. Responda à seguinte pergunta:
O que é Valor para você?
b) Dado o seu próprio conceito de valor, analise as imagens abaixo e descreva uma situação
provável para cada uma delas e as sensações que elas despertam em você.
Imagem 1
c) Para cada uma das imagens relacione alguns valores que você acha que estão envolvidos
nas descrições que fez sobre elas:
• Valores relacionados à Imagem 1:
• Valores relacionados à Imagem 2:
• Valores relacionados à Imagem 3:
• Valores relacionados à Imagem 4:
2 — Valores morais.
a) Reflita sobre os valores centrais que você possui de acordo com as seguintes dimensões:
• Dimensão intrapessoal (você com você mesmo):
• Dimensão interpessoal (você com as pessoas):
• Dimensão sociocultural (você com a sociedade):
b) Agora, depois de todas as reflexões que você realizou sobre valores, descreva os seus
valores em ordem de importância para você. No degrau 4, o de mais importância até chegar
ao degrau 1, de menor importância.
Caro estudante,
Esta aula aborda o papel dos amigos na direção e no sentido do seu Projeto de Vida. O poeta Manoel de
Barros reservou uma parte de seu Livro — Os Outros: o melhor de mim sou Eles, onde ele conta coisas
que aprendeu com os amigos mais diversos. Fala dessas marcas aparentemente desconectadas, às
vezes inesperadas, que, com o passar do tempo, descobrimos que os amigos deixaram em nós, e o que
acabaram se incorporando ao que somos.
Somos influenciados e modificados o tempo todo pelo que experimentamos. O que comemos, o que
respiramos, o clima, tudo isso influencia nossa saúde e o funcionamento do nosso corpo.
Com as pessoas, a experiência é de influência mútua. Parece que entramos no mundo interior do outro
e modificamos esse mundo. Nossas fronteiras estão sempre em movimento e se alteram o tempo todo:
o relacionamento com os outros parece definir, em parte, quem e o que somos. Daí a importância de
tratar de ser amigo é ter amigos ao elaborar um Projeto de Vida.
Alguns laços são muito leves, passageiros, voláteis como borboletas: pessoas que cruzamos na rua
e nos dizem bom dia, gente no ônibus em cuja companhia presenciamos uma cena e sorrimos ou nos
indignamos, gente na fila do banco com quem trocamos algumas palavras.
Existem os amigos de verdade. E grandes amigos. E melhores amigos. E o melhor amigo. Com esses,
o relacionamento é íntimo, e as duas pessoas envolvidas partilham uma identidade. O que as duas
pessoas são se sobrepõe, e elas se influenciam mutuamente o tempo todo. Com isso, se modificam.
Elas se tornam nós, que não é só uma soma eu + você. É algo novo e muito maior.
ATIVIDADES
1 — Aprender a ser amigo é ter amigos.
Tudo começa muito na infância. Quando criança, se tem o pé no presente, e isso nos permite
abastecer-se daquilo que, no futuro, vai servir de base para nossos julgamentos e decisões. As
primeiras lições vêm dos adultos. Com exemplos e palavras, eles mostram e ensinam que é bom
ser gentil e respeitoso com os outros, e que é preciso seguir algumas regras para estar junto com
outras pessoas em harmonia e com prazer.
Tudo começa com pequenas lições como estas:
• Dizer “obrigado” e “por favor”;
• Falar sem gritar e sem choramingar;
• Pedir para entrar na brincadeira;
• O que fazer quando espirrar ou tossir;
• Cumprimentar os outros;
• Deixar alguém passar na sua frente;
• Pedir desculpas quando esbarra em alguém;
• Não bater nos outros;
• Não pôr a culpa nos outros;
• Não apontar as falhas dos outros;
• Esperar sua vez;
• Não interromper quem está falando;
• Experimentar coisas novas (pratos, brincadeiras, lugares etc.);
• Observar as reações e expressões dos outros.
Já na adolescência, expressar-se e conhecer o que os outros expressam, ajuda a construir
reflexões acerca da visão de futuro. O que “os outros” (os companheiros) pensam e fazem ganha
um peso novo, pois a necessidade de se situar na sociedade humana é grande quando somos
adolescentes. Talvez a palavra AMIGO seja a mais importante para você nesta idade, e são muitos
os que se avaliam pelo número de amigos que têm.
Agora, você está na fase da vida em que pode examinar suas experiências de criança e adolescente
à luz de novos conhecimentos, e isso ajuda a encontrar um jeito pessoal de se situar no mundo e
nele interferir. Você já sabe que os laços de amizade criam uma aliança com base no futuro, e não
na origem. E sabe que, para se situar e intervir no mundo, precisa da companhia e da ajuda dos
amigos, que são os parceiros escolhidos por você, com os quais você compartilhar sua trajetória
pelo planeta Terra.
SER AMIGO exige de você certas atitudes, comportamentos, modos de agir, escolhas. A
dependência desses fatores dirá em que medida você vai TER AMIGOS.
Sabendo disso, escreva uma carta de gratidão pela amizade de um amigo, para depois
entregá-la a essa pessoa. A carta, portanto, é um agradecimento por sua colaboração com
sua vida até aqui
2 — Fazendo a diferença.
Você sabe o que significa companheirismo? Bom, Segundo o novo dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, companheirismo é mostrar ter solidariedade própria de companheiro, coleguismo.
Entretanto, é possível associarmos a palavra a uma série de outros comportamentos para com
o outro, alargando assim esse conceito, ou seja, companheirismo pressupõe apoio, divisão
de tarefas, alegrias e tristezas, empatia e, principalmente, ter ciência da importância de
construir um projeto de vida que visa fomentar amizades saudáveis ao longo da existência. É
construir laços afetivos com pessoas sem necessariamente esperar algo em troca, pois esse
é o fundamento básico da construção de relações positivas e duradouras.
a) Depois de refletir sobre o que é ser uma pessoa companheira, analise as situações que se
seguem:
b) E para finalizar essa aula, quais as atitudes ou posturas que você melhoraria nas suas
relações de amizade para ser uma pessoa mais companheira/solidária?
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