2º Ano Ensino Médio - Noturno - Agir e Poder.
SARTRE — “A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA’’.
Para Sartre o homem acaba vivendo em uma angústia entre a sua existência e a sua essência pois
cria-se uma dualidade de primeiramente ser um corpo vazio que necessita construir-se e formar a sua
própria existência, e então após ser em si, que ele poderá viver um contínuo processo de construção
da sua essência de ser para si.
Isso propicia uma liberdade de vivência mas junto com uma angústia de viver como um ser inacabado, uma indeterminação, um projeto a ser refeito conforme as suas escolhas e ser responsável por elas,
mas sempre livre para se construir.
1 — Qual a relação do verso da música “Não se prenda à primeira impressão” com a ideia de Sartre de
que o homem é um ser inacabado?
2 — Qual trecho da letra pode comparar com o fato de que quando criamos nossa essência não a
enxergamos como realmente ela é?
3 — Para Sartre somos livres para existir e criar a nossa própria essência, hoje como as redes sociais
influenciam nessa liberdade?
4 — A nossa essência é formada por conta da nossa existência por meios das nossas vivências e
escolhas. Quais vivências suas formaram a sua essência?
5 — Unioeste 2012) “O que significa aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o
homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal
como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois
será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. (...) O homem é, não apenas como ele se concebe,
mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este
impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. (...) Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo o homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade
de sua existência. (...) Quando dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de
nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele
escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que
desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser”.
Sartre.
Considerando a concepção existencialista de Sartre e o texto acima, é incorreto afirmar que:
a) O homem é um projeto que se vive subjetivamente.
b) O homem é um ser totalmente responsável por sua existência.
c) Por haver uma natureza humana determinada, no homem a essência precede a existência.
6 — (Uema 2011) O tema da liberdade é discutido por muitos filósofos. No existencialismo francês, Jean-Paul Sartre, particularmente, compreende a liberdade enquanto escolha incondicional.
Entre as afirmações abaixo, a única que está de acordo com essa concepção de liberdade humana é:
a) O homem primeiramente tem uma essência divinizada e depois uma existência manifestada
na história de sua vida.
b) O homem não é mais do que aquilo que a sociedade faz com ele.
c) O homem primeiramente existe porque sendo consciente é um ser em si e para o outro.
d) O homem é determinado por uma essência superior, que é o Deus da existência, pois, primeiramente não é nada.
e) O homem primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer.
AYN RAND: A FILOSOFIA DO INDIVÍDUO E DO LIVRE ARBÍTRIO.
1 — A filósofa Ayn Rand é autora da obra A Revolta de Atlas, que se tornou o segundo livro mais lido
nos EUA, atrás apenas da Bíblia. Suas frases são potentes e suas ideias são focadas no indivíduo
enquanto motivação e motor de si mesmo, portanto, dotado da racionalidade e do livre-arbítrio
para usá-la em suas ações; inclusive, respondendo pelos seus atos irracionais, uma vez que agir
irracionalmente é uma escolha própria.
a) O que você entende da frase “fugir da responsabilidade do discernimento?”
b) Comente a importância que Rand dá ao uso da racionalidade a partir da frase: “Quem não utiliza
seu discernimento nega a si próprio”.
2 — O pensamento de Étienne de La Boétie, escrito em Discurso da Servidão Voluntária (1563), encontra ressonância nos pensamentos de Ayn Rand, que muito fala sobre o livre-arbítrio. Leia os dois
trechos abaixo. O primeiro é de La Boétie e o segundo de Rand.
a) Com suas palavras, apresente uma justificativa que mostre que o pensamento de La Boétie
está alinhado às ideias de Rand.
b) Ambos os autores apresentam o livre-arbítrio como conceito máximo ou relativo?
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