2ª Ano Ensino Médio - Noturno - Corpo e Psiquismo: Os Valores.
TEMA: FELICIDADE? O QUE É ISSO? ONDE ENCONTRO? COMO USAR?
FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS (pesquise…):
HEDONISMO – ÉTICA DAS VIRTUDES – JUSTIÇA – NIILISMO
“A felicidade encontra-se mais naquilo que o ser humano faz de si próprio e menos no que consegue alcançar com os bens materiais ou o sucesso. Não se veja aqui a acusação de que rico não pode ser feliz nem o elogio ao despojamento ou à pobreza. Queremos dizer que, no primeiro caso, apenas as posses não nos tornam felizes, porque a riqueza nunca é um bem em si, mas um meio para nos propiciar outras coisas.
O que se percebe é que na busca da felicidade muitas vezes as pessoas dela se afastam. A esse respeito, diz Aristóteles:
Conforme a ética aristotélica, conhecida como eudemonismo, as ações humanas tendem para o bem
e o bem supremo é a felicidade. E esta significa a realização da excelência (o melhor de si), que é a sua
natureza de ser racional.
De maneira geral, a felicidade comporta um dado característico, que é o sentimento de satisfação
em relação ao modo como vivemos, à possibilidade de sentirmos alegria, contentamento, prazer. Por
experiência, sabemos que não se trata de uma plenitude, porque esse estado de espírito não ocorre o
tempo todo, já que a vida feliz não exclui os contratempos, como a dor, o sofrimento, a tristeza.
Só a satisfação não é suficiente para explicar a felicidade, porque ela supõe a realização de desejos que,
não raro, são conflitantes. Por exemplo, você pode ficar em dúvida entre assistir a um filme ou ficar
estudando.
Os motivos que influem na decisão podem ser de diversas naturezas: o filme é de um bom diretor e trata
de um tema que lhe interessa; ou então é puro entretenimento e você precisa se distrair. Por outro lado,
o estudo pode ser um prazer, se o assunto lhe despertou o interesse; mas pode representar, naquele
momento, a privação de um prazer, por preferir um bem futuro, como a sua profissionalização. Em
qualquer caso, os desejos não são compatíveis e uma decisão satisfaz um desejo, mas frustra o outro.
Vemos aí mais um componente da felicidade: a autonomia da decisão. Se não somos livres, ficamos
sujeitos às influências externas e tornamos nossos sonhos alheios, o que acontece nas sociedades
massificadas em que os comportamentos tendem à padronização.
Ao contrário, quando agimos de
acordo com nossos próprios projetos de vida, decidimos de modo coerente. [...]
Ao nos referirmos à experiência de ser de um sujeito livre, consciente de sua individualidade, entramos
no campo da ética. Portanto, a reflexão sobre o que fazer da nossa vida para alcançar a felicidade nos
coloca diante de escolhas morais.
Por fim — mas não por último —, o que é a felicidade se não tivermos com quem compartilhar nossa
alegria? Portanto, a felicidade é também a celebração da amizade, do amor e do erotismo.”
(ARANHA, M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 81-82)
ATIVIDADES
1 — O que significa ser feliz? Explique.
(ARANHA, M.L.A. & MARTINS, M.H.P., 2009, p. 94)
2 — “O homem é só um laço de relações, apenas as relações contam para o homem.” Em que sentido
a frase de Saint-Exupéry pode ser interpretada do ponto de vista da busca da felicidade? (Ibidem)
3 — (PUC-RS) Adaptado. Todos os dias, a qualquer hora, somos apresentados a novos produtos —
o celular com funções incríveis, o automóvel antiestresse, a geladeira que não só conserva os
alimentos, mas também preserva o meio ambiente. Muitos, na verdade, são produtos inúteis,
fabricados e anunciados para levar nosso dinheiro. Olhe à sua volta: quantas coisas em sua casa e em
sua mesa de trabalho apenas ocupam espaço e mostram que, ao invés de ajudar, atrapalham sua rotina?
E quantas são verdadeiramente úteis e necessárias?
Feito esse inventário, escolha um ou mais objetos sem os quais você acha que não poderia viver e
desenvolva o seguinte tema de sua dissertação: “Um bem indispensável para uma vida confortável”.
(Ibidem)
4 — “Com o capitalismo de consumo, o hedonismo se impôs como um valor supremo e as satisfações
mercantis, como o caminho privilegiado da felicidade. Enquanto a cultura da vida cotidiana for
dominada por esse sistema de referência, a menos que se enfrente um cataclismo ecológico ou
econômico, a sociedade de hiperconsumo prosseguirá irresistivelmente em sua trajetória.”
(LIPOVETSKY, G. A felicidade paradoxal. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 367)
A partir do trecho acima, escreva um texto sobre o que é necessário para ser feliz. Um
detalhe: para compor a sua redação, leve em consideração o nosso atual e atípico contexto:
pandemia, quarentena, isolamento social, etc. Cadê a felicidade em meio a tudo isso?
Ainda é possível ser feliz com essa treta toda?
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