3º Ano Ensino Médio - Noturno - Saúde
TEMA: SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS
Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares
e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de
doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de
suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos
contaminados ou quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém
os agentes infecciosos. Assim, se um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros
que também não foram imunizados. Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de
doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado —
como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob controle hoje em dia, elas
podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
Fonte: https://www.pfizer.com.br/noticias/importancia-da-vacinacao. Acesso em: 12 maio 2020.
Curiosidades: Nos quadros abaixo estão algumas doenças e os seus respectivos sintomas, todas
elas já possuem vacinas.
O texto abaixo discute a questão das fake news sobre as vacinas, e conta a história sobre a revolta
da vacina na virada do século XIX para o XX.
ESTAMOS VIVENDO UMA NOVA REVOLTA DA VACINA?
O Brasil e outros países estão registrando o aumento de mais de três vezes nos casos sarampo em
relação ao mesmo período de 2018. Segundo a Unicef, a maior causa é a falta de vacinação, pois
169 milhões de crianças não receberam a primeira dose de 2010 a 2017. Desse número, 940 mil estão no
Brasil e 2,5 milhões estão no Estados Unidos.
Os órgãos de saúde americanos e brasileiros acusam que há “fake news” proliferando na internet e
usuários de redes sociais afirmando que as vacinas não são seguras, impedindo que as campanhas
tenham a eficácia desejada. Para combater isso, a cidade de Nova Iorque está impondo multas às
pessoas que se recusarem a tomar a vacina tríplice viral para sarampo. A medida tem causado muita
polêmica, especialmente entre os judeus ortodoxos que invocam motivos religiosos para não vacinar
suas crianças. Esse contexto de falta de confiança nas autoridades se aparenta com um movimento
popular que incendiou a cidade do Rio de Janeiro na virada do século XIX para o XX: a Revolta
da Vacina.
A Revolta da Vacina foi um motim popular que aconteceu entre os dias 10 e 16 de novembro de 1905,
na então capital do Brasil, Rio de Janeiro. Ela se deu como uma revolta da população contra a lei que
obrigava a vacinação contra a varíola, mas que foi um estopim de uma série de problemas sociais.
Nesse período, com o fim da escravidão e da monarquia, havia um grande número de ex-escravos e
imigrantes europeus que se encontravam em um movimento migratório em direção ao Rio de Janeiro.
Sob forte processo de industrialização, a população da cidade passou dos 522.000, em 1890, para os
811.000 em 1906. Com esse rápido crescimento, a demanda por habitação crescia consideravelmente,
de modo que os donos de grandes casarões passaram a dividir seus cômodos, criando pequenos
cubículos, que eram alugados para famílias inteiras. Esse foi o surgimento dos cortiços e pensões do
início do século.
Quando o presidente Rodrigues Alves assumiu o governo, em 1902, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro
acumulavam-se toneladas de lixo. Desta maneira, o vírus da varíola se espalhava. Proliferavam ratos e
mosquitos transmissores de doenças fatais, como a peste bubônica e a febre amarela, que matavam
milhares de pessoas anualmente.
Decidido a sanear e reurbanizar a capital, Rodrigues Alves nomeou o engenheiro Pereira Passos para
prefeito e o médico Oswaldo Cruz para Diretor Geral da Saúde Pública (DGSP) foram bem executadas e
não houve uma preocupação com o impacto social. Apesar de necessárias, as obras não foram bem
executadas e não houve uma preocupação do impacto social. Ruas foram alargadas e os cortiços foram
destruídos, retirando a população pobre de suas moradias, e dando início à favelização dos morros, em
condições ainda mais precárias que as anteriores. Como resultado das demolições os aluguéis subiram
de preço, deixando a população cada vez mais indignada.
Em paralelo a essas ações, o diretor geral de Saúde Pública Oswaldo Cruz ficou encarregado de realizar
o saneamento urbano, com o objetivo de erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a varíola.
Primeiro, o governo anunciou que pagaria a população por cada rato que fosse entregue às autoridades.
O resultado foi o surgimento de fraudes com “empresários” construindo criatórios desses roedores para
receber os recursos. Havia também uma campanha de saneamento, onde as casas eram invadidas e
vasculhadas sem nenhum esclarecimento.
No ano de 1904, o governo instituiu a lei que fazia com que a vacinação fosse obrigatória, apesar da
maioria da população ser contrária. Em conjunção com a lei, Oswaldo Cruz trouxe uma regulamentação
ainda mais problemática. O governo passava a exigir comprovantes de vacinação para que as pessoas
pudessem matricular seus filhos nas escolas, iniciar novos empregos, viajar, se hospedar na cidade e
até mesmo se casar. Quem se negasse a ser vacinado seria multado.
Havia muitos boatos absurdos em torno da vacinação. Um deles dizia que quem se vacinava ficava com
feições bovinas, já que havia líquido de pústulas de vacas doentes na composição química da vacina.
Além disso, integrantes de classes mais abastadas se recusaram a deixar que vacinassem suas filhas e
esposas, pois ficariam “partes a mostra” dos seus corpos para os agentes de saúde. Por fim, a imprensa
não perdoava Oswaldo Cruz, ironizando a eficácia da vacina por meio de charges cruéis.
Quando a proposta de vacinação obrigatória de Oswaldo Cruz chegou às mãos da imprensa, o povo
iniciou a maior revolta urbana do Rio de Janeiro até então. Espalhando-se por vários bairros da
cidade, o conflito envolveu uma violenta repressão policial. A revolta popular teve o apoio de militares
que tentaram usar a massa insatisfeita para derrubar, sem sucesso, o presidente Rodrigues Alves.
Nos seis dias de revolta, 945 pessoas foram presas, 110 feridas, 30 mortas e mais 461 deportadas para
o Estado do Acre.
De fato, a falta de tato do governo no esclarecimento acerca da vacina e o contexto de higienização
urbana levaram a população a se revoltar, causando um dos principais conflitos populares da história do
Brasil. A Lei da Vacina Obrigatória teve seu texto modificado, tornando o uso da medicação facultativo.
Em 1908, o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, e a população correu
para ser vacinada, em um episódio avesso à Revolta da Vacina. Pouco tempo depois, a varíola estava
erradicada do país. Eventos como esse demonstram cada vez mais a importância de se conhecer a
História para que os erros do passado não se repitam.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/enem/2019/04/25/noticia-especial-enem,1048944/
precisamos-de-uma-nova-revolta-da-vacina.shtml. Acesso em: 12 maio 2020.
2 — Qual é a importância das vacinas para evitar que os invasores (vírus e bactérias) nos deixem
doentes? Por quê?
3 — Você considera que as fake news dos grupos antivacinas prejudicam a adesão da população às
campanhas de imunização?
4 — Por que precisamos falar de vacinação no componente curricular de Educação Física?
Converse sobre isso com seus familiares.
VAMOS RESOLVER?!
1 — A questão abaixo está relacionada ao segundo texto “Estamos vivendo uma nova revolta
da vacina?
”
Em 1904, diante de uma epidemia de varíola (doença causada por um vírus), a população da
cidade do Rio de Janeiro rebelou-se contra o estabelecimento da vacinação obrigatória.
Esse episódio marcante na história da então capital da república ficou conhecido como Revolta da
Vacina. Entre as opções, qual explica melhor as razões da revolta?
a) O interesse da população no retorno do regime monárquico.
b) As decisões do governo consideradas autoritárias, a participação política reduzida da
população pobre e a falta de confiança dela nas autoridades.
c) A ignorância das pessoas em relação às melhorias trazidas pela campanha de vacinação
conduzida por Oswaldo Cruz.
d) A preservação da intimidade doméstica e da moralidade que a população julgava ameaçadas
pela política de Saúde Pública.
Fonte: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia-do-brasil/exercicios-sobre-revolta-vacina.htm
2 — Leia com atenção a tirinha de Frank & Ernest abaixo e responda:
Existe um erro de fundamento biológico na historinha da tirinha. Assinale a alternativa que
esclarece o erro:
a) é que vírus do tipo “A” não sofre efeito de vacina alguma.
b) é que a vacina não combate vírus, somente doenças causadas por bactérias.
c) é que a vacina não combate vírus, ela proporciona ao nosso organismo produzir defesas, os
anticorpos, que são específicos aos seus antígenos, no caso o vírus “A”.
d) é que a vacina é feita de vírus, portanto ela não pode destruir o que a produz.
e) é que o vírus impede a ação da vacina, inibindo a sua atividade de defesa, que é o sistema
“chave-fechadura”.
3 — A defesa do nosso corpo contra organismos invasores é garantida graças a uma série de órgãos,
células e moléculas que constituem nosso sistema:
a) nervoso.
b) digestório.
c) imunológico.
d) cardiovascular.
e) locomotor.
4 — No sistema imune, algumas células de defesa, ao terem contato com o antígeno,
diferenciam-se em células de memória. Isso faz com que:
a) uma pessoa torne-se imune a qualquer doença para sempre.
b) a resposta imunológica primária seja efetiva.
c) a resposta secundária seja mais rápida.
d) nos curemos de qualquer doença.
e) nosso corpo produza anticorpos que serão estocados para uma nova infecção.
5 — Os seres humanos são capazes de estimular a produção de células de memória no corpo e,
assim, prevenir-se contra algumas doenças. Os agentes utilizados para a produção de células de
memória são:
a) antitérmicos.
b) vacinas.
c) soros.
d) anti-inflamatórios.
e) antibióticos.
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