1º e 2º Ano Ensino Médio - Noturno - Cidadania e Civismo.
Vamos conversar sobre prevenção aos acidentes de Trânsito.
A Campanha Maio Amarelo 2020: “Perceba o risco. Proteja a Vida”, segundo a coordenação do Movimento Maio Amarelo nacional, realizada pela equipe do Observatório Nacional de Segurança Viária
(ONSV), tendo como parceiro a SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado), a ideia do tema foi exatamente passar à sociedade uma fala já comum entre os técnicos de segurança viária que é a tal percepção de risco. “Quando o cidadão entende que, usar o cinto pode salvar a
vida dele, ele passa a usá-lo sem esquecer nos mais curtos deslocamentos. E assim é com o celular,
com a manutenção preventiva, com o respeito a velocidade máxima permitida etc. E foi pensando em
ampliar esse conceito junto à sociedade que nasceu o tema de 2020: Perceba o risco. Proteja a vida”.
Trecho retirado de:http://blog.sbait.org.br/2020/05/05/maio-amarelo-2020-tera-atuacao-online-em-maio-e-acoes-presenciais-saotransferidas-para-setembro/. Acesso em: 06/06/2020
Campanha Maio Amarelo/2020
De acordo com a Organização Mundial da Saúde(OMS), as violências e os acidentes — sejam eles de
natureza acidental ou não, são responsáveis por cerca de 9% da mortalidade global, e a maior proporção dos acidentados de transporte terrestre é do sexo masculino, adulto jovem e residente em área
urbana. Em estudo realizado em serviços de emergência de capitais do Brasil, 25% dos atendimentos
por causas externas foram devidos a acidentes de transporte. Cerca de 15% das internações por causas
externas em hospitais públicos do Brasil no período de 2002 a 2011 apresentaram como diagnóstico
lesões causadas por Acidentes de Transporte Terrestre (ATT).
Em Minas Gerais, segundo o Sistema de Internação Hospitalar, entre os anos de 2010 a 2020 o total
de internações hospitalares foi de 1.235.682, enquanto as internações por ATT foi de 190.163, correspondendo a 15,4% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em relação às internações hospitalares segundo o grupo de causas, o maior quantitativo foi de motociclistas com 47,7% dos casos, seguida das internações de pedestres com 21,3% e ocupantes de automóveis com 11,7%.
Analisando a série histórica de óbitos por ATT, no período de 2010 a 2019, segundo sexo, verifica-se
que os homens apresentaram maior percentual com 81% dos óbitos por acidentes e as mulheres com
19% dos óbitos.
Com relação aos óbitos por ATT, segundo
grupo de causas, a maior proporção está entre
os ocupantes de automóveis com 37,9% dos
óbitos, seguido das outras causas 23,4% e motocicleta 20%.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, os fatores de risco para os acidentes de transporte incluem: dirigir sob o efeito
de bebidas alcoólicas, estresse, fadiga, tonteira, excesso de velocidade, falta de uso de equipamentos de segurança (principalmente cinto
de segurança e capacete), manutenção inadequada dos veículos e infraestrutura deficiente
do sistema viário, entre outros.
Tudo isso tendo em vista que a nova concepção de Saúde importa uma visão afirmativa, que a identifica com bem-estar e qualidade de vida. Assim, ao se pensar em saúde e promoção da segurança no
trânsito faz-se necessário entender o trânsito como um dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS),
ou seja, um dos tantos fatores sociais, econômicos, culturais, étnico/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
Os acidentes de trânsito são, de fato, uma questão importante de saúde pública, e não apenas uma
decorrência da mobilidade veicular. Promover uma cultura de paz no trânsito, ampliar as atitudes pessoais e a capacidade da comunidade de melhorar as condições físicas e psicossociais nos espaços
onde as pessoas vivem, estudam, trabalham e se divertem, ou seja, onde a vida transita, reduziriam
as admissões hospitalares e a gravidade dos traumas. O setor também ganharia se – com a garantia
de condições mais seguras para pedestres e ciclistas – mais pessoas adotassem o hábito saudável de
caminhar ou andar de bicicleta, sem temer pela própria vida.
Fonte: https://www.saude.mg.gov.br/vidanotransito. Acesso em: 27/05/2020.
ATIVIDADE 1
Vamos refletir e analisar....
A Campanha Maio Amarelo busca conscientizar a sociedade sobre a prevenção de acidentes de
trânsito. A cada ano o número de acidentes nas ruas das pequenas e grandes cidades tem aumentado
significativamente, ocasionando alto custo com internações hospitalares e reabilitação, em casos mais
graves o afastamento do trabalho por danos e lesões permanentes.
Diante disso escreva sobre a importância das campanhas de prevenção de acidentes de trânsito. No
seu ponto de vista existem outras ações que poderiam ser realizadas para diminuir ou evitar os acidentes de trânsito? Justifique sua resposta.
ATIVIDADE 2
O texto abaixo discute sobre a mortalidade de jovens por acidentes com motocicletas, apresenta
as motivações e dados que levam a um aumento de acidentes com vítimas fatais ou de lesões graves
permanentes. Após a leitura vamos responder as questões, refletindo sobre a necessidade de conscientização quanto aos riscos deste meio de transporte e a importância do uso dos equipamentos obrigatórios e de proteção.
Somente pilote uma motocicleta se for habilitado.
MORTALIDADE DE JOVENS EM ACIDENTES COM MOTOCICLETA
Diante das sérias limitações do transporte público para a população, vingou uma ideologia oportunista: a motocicleta como salvação, solução para a mobilidade urbana dos amplos setores da população
de menor renda, sem condições de acesso ao automóvel, pelos baixos custos de acesso e manutenção
que a motocicleta representa.
Nesta visão, a motocicleta converteu-se no carro dos pobres. Sem necessidade de grandes investimentos na ampliação das já saturadas vias públicas, a motocicleta solucionaria vários problemas:
• Por um lado, o transporte do trabalhador.
• Por outro, poderia se converter em instrumento e fonte de renda de setores jovens e pobres
da população.
• E tudo arcado diretamente pelos usuários, via facilitação do financiamento e fortes regalias a
modo de isenções fiscais para a implantação dos parques industriais.
A visão centrada no desenvolvimento a qualquer custo e a tecnologia motorizada como indicador
da modernidade e do progresso, um bem em si, os impactos negativos dessa estratégia, inclusive os
elevados custos em vidas humanas passam a serem considerados danos colaterais, lamentáveis, mas
necessários para a prosperidade do país: o preço a ser pago pelo progresso da nação. Dessa forma, a
descontrolada expansão veicular do país foi acompanhada de trágicos aumentos no número de acidentes, de mortes e de feridos no trânsito. Um preço muito elevado!
RESPONDAS AS QUESTÕES:
O texto Mortalidade de jovens em acidentes com motocicleta, assim como os gráficos 1 e 2, nos faz
pensar no crescimento acelerado do número de acidentes e vítimas de trânsito que utilizam motocicletas.
Ao responder as perguntas, faça um momento de reflexão sobre o contexto atual e o que poderia ser
feito para que pudéssemos reduzir este cenário de mortes em nosso país.
1 — Após a análise do Gráfico 1 , responda :
a) Qual a média de idade de vítimas fatais em acidentes causados por motocicleta?
b) Nos casos dos acidentes com pedestres e automóveis, em qual faixa etária ocorre o maior
número de acidentados?
c) Na sua opinião por qual o motivo os jovens estão envolvidos nos maiores números de acidentes de trânsito?
d) Após os 40 anos os números de óbito apresentam uma queda. Em sua opinião qual fator envolvido nesse declínio de acidentes?
2 — Após análise do Gráfico 2, responda:
a) Descreva o número de óbitos por 100 mil habitantes na década de 2000 por acidentes de pedestre, automóvel e motocicleta.
b) Em vinte anos houve um aumento considerável no número de óbitos por acidente de motocicleta, descreva os valores.
c) O número de acidentes com pedestre no ano de 2000 era de 8,0 por 100 mil habitantes, já no ano
2020 esse número reduziu para 3,7 por 100 mil habitantes. Pontue motivos para essa redução.
d) A Lei 11.705, aprovada em 2008, ficou mais conhecida como Lei Seca por reduzir a tolerância
no nível de álcool no sangue de quem dirige. Com a sanção da nova lei, o Código de Trânsito Brasileiro foi alterado e provocou grandes mudanças nos hábitos da população brasileira.
Esta seria a razão para que o índice de acidentes fosse bem aproximado tanto para pedestres
quanto para veículos no ano de 2008 e 2009? Justifique sua resposta.
3 — Após a análise dos gráficos 1 e 2 e a leitura dos textos, descreva os possíveis motivos para o aumento do número de jovens vítimas de acidentes com motocicleta?
4 — Conforme a lei em nosso país (Código de Trânsito Brasileiro) qual a idade mínima para pilotar motocicleta e automóvel?
5 — Pesquise e liste os equipamentos de proteção individual que são exigidos para que o motociclista
possa pilotar com segurança.
6 — Na sua opinião o que poderia ser feito para reduzir o número de vítimas e acidentes com motociclistas?
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