2º Ano Ensino Médio - Noturno - Cultura e política na construção do Estado Nacional brasileiro (1822-1900).

 TEMA: A Era Mauá

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS... 

Industrialização: é um tipo de processo histórico e social através do qual a indústria se torna o setor dominante de uma economia, mediante a substituição de instrumentos, técnicas e processos de produção, resultando em aumento da produtividade dos fatores e a geração de riqueza. 
Ferrovias: Uma ferrovia (chamada também de via férrea, caminho de ferro (pt) ou estrada de ferro é um sistema de transporte baseado em trens (comboio) correndo sobre trilhos (carris) previamente dispostos. O transporte ferroviário é predominante em regiões altamente industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais altamente populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em desenvolvimento da África e da América Latina, as ferrovias foram preteridas pelas rodovias como tipo de transporte predominante. Exceto no Reino Unido onde foi inventado esse sistema, todos os países do mundo tiveram que ter o Estado patrocinando a criação de ferrovias

.PARA SABER MAIS 
Vídeo: Barão de Mauá — O Visionário que poderia ter mudado o Brasil

ATIVIDADES

A Era Mauá: o primeiro surto de industrialização no Brasil 
A independência política do Brasil significou o fim das restrições mercantilistas e poderia ter levado à decolagem da indústria local e ao início do moderno crescimento econômico do país. Contudo, foi somente no final do século XIX que efetivamente se iniciou, ainda que precariamente, o nosso processo industrial. Além dos efeitos dos tratados comerciais e financeiros assinados com a Inglaterra, durante o período imperial brasileiro e no início da República, as ideias fisiocratas eram muito fortes, tornandose a agricultura o alvo das atenções. Não podemos nos esquecer também de que o país reiterara sua vocação agroexportadora, concentrando seus esforços na cultura cafeeira. 
Apesar da hegemonia das culturas agrícolas, houve conjunturas propícias a surtos industriais no país, como a adoção da tarifa protecionista Alves Branco, em 1844, ou a extinção do tráfico negreiro, em 1850, situações que permitiram a ação pioneira de homens como Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, e Teófilo Otoni. 

A Tarifa Alves Branco 
Em 1841, o governo brasileiro estudava uma reforma alfandegária para equilibrar o orçamento do país. Os tratados com a Inglaterra iriam expirar em 1844, sem que a reforma estivesse concluída. O ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, acreditou ser aquela a oportunidade não só de equilibrar o déficit do Estado, mas também de proteger os capitais nacionais aplicados no país em atividades fabris. 
Assim, em 1844, foi decretada a Tarifa Alves Branco, que elevou significativamente as taxas sobre as importações. Embora a política do ministro da Fazenda tivesse, primordialmente, o interesse de fornecer rendas ao Estado, acabou por favorecer e estimular a indústria nacional. Entre os empresários que se beneficiaram dessa tarifa, o mais importante foi, sem dúvida, o Barão de Mauá. 

1 — Explique como o governo tentou equilibrar o orçamento do país. 

Mauá: o empreendedor 
A visita de Irineu Evangelista de Sousa, que havia sido um menino pobre no Rio Grande do Sul, à Inglaterra em 1840, após ter se tornado sócio da empresa Carruthers & Cia., foi decisiva para que ele iniciasse no Brasil os seus empreendimentos. A ação pioneira de Irineu Evangelista, depois Barão de Mauá, foi tão importante que o surto industrial de meados do século XIX no Brasil ficou conhecido como “Era Mauá”. Ele atuou em ramos industriais diversificados, muitas vezes associados a empresários ingleses. 
Entre os múltiplos empreendimentos de Mauá, podem ser destacados: 
• o estabelecimento industrial na Ponta da Areia, no Rio de Janeiro; 
• a companhia de gás para iluminação das ruas do Rio de Janeiro; 
• a empresa de bondes Botanical Garden Rail Road Company; 
• a construção do canal do Mangue; 
• a Companhia de Rebocadores a Vapor do Rio Grande do Sul; 
• a Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas; 
• a criação do telégrafo submarino; 
• o Banco Mauá, que tinha filiais em capitais brasileiras e estrangeiras. 
No setor de transportes, as ferrovias foram os maiores empreendimentos de Irineu Evangelista de Sousa. Em 1854, ele construiu a primeira estrada de ferro que fazia a ligação entre Rio de Janeiro e Petrópolis. Participou também da construção da Recife and São Francisco Railway Company, da ferrovia D. Pedro II, hoje, Central do Brasil, e da São Paulo Railway, hoje Santos-Jundiai. 
As empresas de Mauá não duraram muito. Com um mercado interno pequeno e uma vocação ainda agroexportadora, o Brasil não estava preparado para os empreendimentos de Irineu Evangelista de Sousa. Suas empresas acabaram falindo e cheio de dívidas, Mauá foi obrigado a vendê-las a capitalistas estrangeiros. 

2 — Explique por que o Barão de Mauá não obteve sucessos em seus empreendimentos.

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