1º Ano Ensino Médio - Noturno - História - Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930).

TEMA: Segundo Reinado 

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Segundo Reinado — (1840 a 1889) É o período da história brasileira que se inicia com o “golpe da maioridade” quando dom Pedro II assume o poder como imperador do Brasil com 15 anos de idade, incompletos. E perdura por 49 anos com a Proclamação da República.

PARA SABER MAIS



ATIVIDADES

Segundo Reinado 

Aos 15 anos Pedro II tornou-se símbolo de um Estado centralizado, forte, estável e garantidor da ordem, com afastamento da sociedade da participação política e do desejo de mudança. 
As elites desejavam uma administração imperial que eliminasse as rebeliões e garantisse a unidade nacional, sem alterações das estruturas sociais, desejado por conservadores e liberais. 
As “eleições do cacete” mostraram a violência das elites conservadoras ou liberais onde as tensões e disputas levariam à agressões a eleitores, ameaças a adversários, a fraudes e à concessão de favores a amigos e aliados. 
Em 1847 o Império adotou o parlamentarismo, o imperador nomeava o primeiro ministro que escolhia os membros do ministério. 
O Brasil passou por transformações que levam o Império para o seu auge e o seu desgaste ao mesmo tempo. 
A diversificação econômica do país com a exportação do café, do cacau, do açúcar, do fumo, e a crescente industrialização do país ficou conhecida como a Era Mauá. Esta era recebeu este nome devido à figura de Irineu Evangelista de Sousa, comerciante, armador, industrial e banqueiro brasileiro. Ao longo de sua vida foi merecedor, por contribuição à industrialização do Brasil no período do Império, dos títulos nobiliárquicos primeiro de Barão e depois de Visconde de Mauá. 
Em 1831 foi proibido o comércio de escravos no Atlântico, que foi efetivamente cumprido em 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz que proibia o tráfico de escravos para o Brasil. Como consequência imediata para o país, o dinheiro utilizado no tráfico de escravos, passou a ser usado para financiar a vinda de imigrantes, a industrialização, a construção de ferrovias, o tráfico interno de escravos e o início da substituição da mão de obra escrava pela livre. 
Os cafeicultores começaram a optar em contratar imigrantes, muitas vezes preferiam essa mão de obra, ao invés do trabalho do escravo ou ex escravo. Isso aprofundou a exclusão social, o preconceito e a discriminação.
Nas décadas de 1840, 1850 e 1860, prevaleceu o sistema de parceria, onde parte da colheita ficava com o dono da terra, e a outra parte com o trabalhador. Esse sistema agravou as questões sociais do país, pois o imigrante chegava nas fazendas com dividas, devido aos custos da viagem, alimentação, ferramentas de trabalho e aluguéis das casas. Os imigrantes insatisfeitos revoltaram-se com a situação, os países de origem condenaram o sistema de parceria, que acabou por fracassar. 
Na década de 1870 os imigrantes trabalharam pelo sistema de colonato, onde recebiam salário para o plantio e outra remuneração de acordo com a colheita, além de poder plantar artigos de consumo próprio e até vender o excedente. 
Com isso acelera o desenvolvimento industrial brasileiro, além dos investimentos feitos pelos produtores do café e a tarifa Alves Branco, que aumentava o preço dos produtos importados. 
A Lei de Terras estabelecia que para possuir terras, era preciso comprar do Estado ou de particulares. Essa lei contribuiu na elevação dos preços das terras, com isso restringiu o acesso dos imigrantes, escravos e os mais pobres, as terras. As mesmas dificuldades atingiram também os indígenas, pois eles tinham que comprovar a posse por documentos ou adquirir a altos valores. Como não dispunham dos recursos necessários para a comprovação da posse, eram expropriados de forma violenta, com a expansão da produção agrícola. 
É importante salientar, que os escravos libertos, ou alforriados, não conseguiam trabalho. Não eram tratados como cidadãos no pós abolição. A pobreza, a violência, o desemprego e baixos salários, afetam mais os negros que os brancos no Brasil, devido a essas questões históricas. 
Os brasileiros diante da falta de direitos, das desigualdades, do direito à vida e à liberdade, tinham dificuldade em se reconhecer como membros de uma sociedade unida por laços culturais. Com o desenvolvimento do país, aumentaram as complexidades sociais, o que gerou um desgaste do Estado e o fim da monarquia, devido: Abolição da escravatura, onde os donos de escravos abolidos e sem a indenização aos proprietários, levou a um rompimento com o governo imperial e muitos passaram a apoiar a causa republicana; O conflito com a igreja; o movimento republicano; e o conflito com o exército, que passou a apoiar o movimento republicano e o abolicionismo, o que gerou um desgaste na relação com o imperador. Esses fatores contribuíram para a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. 

Responda segundo o texto.

1 — Cite as características políticas do Segundo Reinado. 

2 — O que possibilitou a vinda de imigrantes para o Brasil? Explique. 

3 — Quais os sistemas de trabalho estabelecidos com os imigrantes durante o Segundo Reinado? 

4 — Quais fatores desencadearam a Proclamação da República?

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