2º Ano Ensino Médio - Noturno - Biologia - História da Vida na Terra.

 TEMA: Características do Reino Protista

Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos. A maioria deles é aquático de vida livre, mas alguns são parasitas e vivem dentro do corpo de outros seres vivos, inclusive dos humanos. O termo protozoário deriva das palavras em latim proto “primitivo” e zoon “animal”, ou seja, animal primitivo. Isso porque já foram considerados animais por serem heterótrofos.

1 — Características Gerais 

Os protozoários pertencem ao Reino Protista, juntamente com as algas. Por serem eucariontes, apresentam núcleo individualizado e sua única célula exerce todas as funções que normalmente há nos multicelulares: respiração, excreção e reprodução. Uma característica típica de suas células é a presença de vacúolos contráteis ou pulsáteis, com função de realizar regulação osmótica. Devido à diferença de concentração entre o citoplasma e o ambiente externo, há entrada constante de água por osmose. Assim, o vacúolo controla a quantidade de água, recolhendo e eliminando o excesso. 

Alimentação 
Para se alimentar, os protozoários capturam o alimento por fagocitose, dando origem aos fagossomos, que se fundem aos lisossomos, formando os vacúolos digestivos. Após a digestão, dentro dos vacúolos, os restos são eliminados por clasmocitose. 

Reprodução 
A reprodução pode se dar de forma assexuada e ocorre por:
Divisão binária: a célula-mãe se divide e origina duas células-filhas; 
Divisão múltipla: a célula faz muitas mitoses, forma muitos núcleos que se dividem em células pequenas.
Os paramécios, que também se reproduzem assexuadamente, por fissão binária, fazem sexo, que no entanto não está diretamente relacionado com a reprodução, porque não gera novos organismos. Cabe salientar que em biologia, sexo é obtenção de material genético de outro indivíduo. O mecanismo pelo qual fazem sexo é conhecido como conjugação e tem alguns detalhes interessantes entre os paramécios. 
Apesar de serem unicelulares, os paramécios contêm micronúcleos (2n) que, quando do pareamento dos paramécios (figura acima), sofrem meiose, gerando quatro micronúcleos haploides (n). Curiosamente três destes micronúcleos são eliminados, restando apenas um, que subsequentemente sofre mitose, de modo que cada um dos paramécios pareados tem dois núcleos haploides e idênticos. 
Durante a conjugação, que leva à produção de uma ponte citoplasmática, estes indivíduos trocam micronúcleos, de modo que cada indivíduo sai da conjugação com o seu próprio micronúcleo (n) e o micronúcleo recebido do indivíduo com quem pareou (também n) que se fundem para formar um micronúcleo diploide (2n). Repare que os dois paramécios resultantes são geneticamente idênticos entre si, mas diferentes dos paramécios que deram origem a eles. Tenha em mente também que estes dois micronúcleos que agora são idênticos e estão em dois indivíduos distintos, ao fazer meiose, necessariamente gerarão núcleos haploides diferentes do que os geraram, que serão fundidos com outros micronúcleos n, de modo que este processo leva ao aumento da variabilidade. 
Alguns autores consideram que a conjugação pode ser considerada uma forma de reprodução sexuada porque os paramécios, ao se reproduzirem por fissão binária após a conjugação, gerarão indivíduos diferentes daquele que existia antes da conjugação, ou seja, o resultado no final do processo é semelhante ao gerado pela reprodução sexuada. Como tudo em biologia, este é um problema que surge da necessidade de dar nomes a todos os processos. O importante é não se prender aos nomes e tentar compreender o processo, que se parece em muito com a formação de gametas de organismos sexuados multicelulares. Outra confusão que pode ocorrer é que alguns autores se referem aos indivíduos que fazem conjugação como machos e fêmeas, enquanto outros restringem a definição de fêmea para o grupo de indivíduos que apresentam o gameta maior. Para estes últimos autores, como não há gametas em paramécios, talvez chamar um indivíduo de macho e o outro de fêmea talvez não faça sentido. 

Classificação 
Os protozoários foram classificados (colocados em caixinhas chamadas de filos) em função do modo de locomoção, compartilhado entre algumas espécies. A tabela abaixo mostra como foi feita a subdivisão.
PARA SABER MAIS

ATIVIDADES

1 — (UFMA) Em protozoários de vida livre, como na Amoeba proteus, existe o vacúolo contrátil, cuja função é a: 
a) eliminação do excesso de água. 
b) locomoção. 
c) digestão de microcrustáceos. 
d) absorção de água. 
e) emissão de pseudópodos. 

2 — (PUC-RJ) Considere as seguintes afirmações referentes aos protozoários: 
I. Considerando-se o nível de organização dos protozoários, pode-se afirmar corretamente que são seres acelulares como os vírus. 
II. Pode-se afirmar corretamente que os protozoários só se reproduzem assexuadamente. 
III. O protozoário causador da malária no homem é o parasita plasmódio. 

a) apenas II está correta. 
b) apenas III está correta. 
c) apenas I e II estão corretas. 
d) apenas II e III estão corretas. 
e) todas estão corretas. 

3 — Os protozoários apresentam diversos meios de locomoção que frequentemente são utilizados para a sua classificação. Dentre os meios de locomoção dos protozoários, podemos citar os pseudópodes, que são prolongamentos citoplasmáticos que permitem o deslocamento e captura de alimento. Além dos pseudópodes, os protozoários podem se locomover por: 
a) Flagelos e pés ambulacrais. 
b) Cílios e cistos. 
c) Flagelos e cistos. 
d) Flagelos e cílios. 
e) Cistos e pés ambulacrais. 

4 — O paramécio é um exemplo de protozoário ciliado. Nesses seres, os cílios atuam: 
a) na captura de alimento e na penetração no corpo do hospedeiro. 
b) na locomoção e na divisão binária. 
c) na captura do alimento e na locomoção do protozoário. 
d) locomoção do protozoário e permitindo a digestão extracelular. 
e) na digestão extracelular e excreção. 

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