1º Ano - Ensino Médio - Noturno - Educação Física - Saúde.

SAÚDE BUCAL 

A boca é um órgão que, além de importante para a alimentação, está ligado fundamentalmente ao processo de socialização. Através da boca nos relacionamos com as pessoas e com o mundo, utilizando a fala, a aparência, o beijo, o prazer de saborear os alimentos e o sorriso. 
Problemas bucais podem causar dor, infecções, dificuldades em falar, mastigar e se alimentar, causar ausências na escola e no trabalho, além de causar má aparência. Esses problemas podem influenciar na saúde geral, nos estudos, no trabalho, na vida social e na qualidade de vida. A falta de acesso aos meios para manter a saúde bucal pode significar um processo de exclusão social. 
A saúde bucal é um componente indissociável e integrante da saúde geral. Podemos dizer que a saúde bucal compreende um estado em que a pessoa está livre de dores, desconfortos e alterações na boca, nos dentes e na face, em que as suas condições bucais não são limitações para as habilidades de falar, sorrir, saborear, mastigar, engolir, se relacionar com as pessoas e transmitir uma variedade de emoções através de expressões faciais, com confiança e sem dor ou desconforto e sem doença do complexo craniofacial. 
A saúde bucal também está relacionada com as condições socioeconômicas e culturais da população: condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio ambiente, transporte, lazer, liberdade, acesso a serviços de saúde e informação. Nesse sentido, a luta pela saúde bucal está ligada à luta pela melhoria dos determinantes sociais, políticos e econômicos. 
Além dos determinantes sociais, existem fatores de risco comportamentais que influenciam a saúde bucal, tais como uma dieta rica em açúcar, uso do tabaco, consumo excessivo de álcool e baixo juízo valorativo da higienização bucal. 
A educação e a informação sobre os cuidados com a saúde bucal são elementos importantes para a garantia da saúde bucal. O desconhecimento sobre cuidados necessários de higiene bucal representa um fator a ser considerado, uma vez que a informação, embora disponível nas grandes mídias, não chega a todas as camadas da população da mesma forma e, dificilmente, é apreendida de modo a produzir conhecimento e autonomia em relação aos cuidados com a saúde. Nesse sentido é muito importante que a população tenha acesso à educação em saúde bucal que vá além da transmissão de informação e que assim promova o entendimento e o apoio para o desenvolvimento de habilidades pessoais, sociais e políticas que permitam aos indivíduos realizarem ações para promover saúde. 
A cárie dentária, juntamente com as doenças da gengiva (doenças periodontais) estão dentre as doenças (e agravos) bucais mais prevalentes na população brasileira, seguidas pelo edentulismo, maloclusão, câncer de boca , fluorose dentária e traumatismos dentários. 
A cárie dentária é uma das doenças mais prevalentes no mundo e é a maior causa das perdas dentárias. É de natureza não infecciosa, não transmissível, açúcar-dependente e multifatorial. É açúcar-dependente pois os microorganismos presentes na cavidade bucal usam diferentes açúcares como fonte de energia, produzindo ácidos como resultado da sua fermentação biológica, os quais desmineralizam as superfícies dos dentes, culminando em lesões (cavidades) nas superfícies dos dentes. 
Os principais fatores de risco para a cárie dentária são: 
• Fatores culturais e socioeconômicos; 
• Falta de acesso ao flúor, principalmente à escovação com pasta de dente fluoretada; 
• Deficiente controle mecânico do biofilme dental, por meio da escovação dental e uso do fio dental; 
• Consumo frequente e não racional de açúcar; 
• Hipossalivação.


Estudos apontam que as populações dos municípios com piores condições socioeconômicas têm maior experiência de cárie dentária, mais dentes extraídos e menor número de dentes livres de cárie, reforçando as iniquidades sociais na perda dentária. Por outro lado, as populações de municípios com um maior tempo de adição de flúor na água de abastecimento público apresentam melhores condições bucais, haja vista o benefício da fluoretação da água de abastecimento público demonstrado pela literatura como principal meio de reduzir as iniquidades sociais sobre a prevalência da cárie dentária. Também desigualdade entre grupos étnicos em relação ao risco de cárie tem sido associada à pior condição socioeconômica de negros e pardos frente aos brancos. 


ATIVIDADES 

01 – Vamos refletir..... 
Após a leitura do texto vamos refletir sobre as condições de saúde bucal da população. 

De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), os determinantes sociais da saúde estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também podem ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego. 

Responda as questões abaixo: 

A) Como os determinantes sociais impactam na saúde bucal das pessoas? 

B) Para você, como as condições de saúde bucal impactam nas vidas das pessoas? 

C) Como podemos explicar que as populações mais pobres têm piores condições bucais? 

02 – A boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde de todo o organismo. Além de exercer papel fundamental na fala, mastigação e respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde. 



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