3º Ano - Ensino Médio - Noturno - Biologia - Energia.
TEMA: PIRÂMIDES ECOLÓGICAS
FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS…
PIRÂMIDES ECOLÓGICAS
As relações entre os diferentes níveis tróficos de cada ecossistema são representadas por gráficos que
lembram pirâmides. Essa forma se deve ao fato de haver redução da quantidade de matéria e energia de
um nível trófico para o seguinte.
As pirâmides ecológicas podem ser de números, de biomassa ou de energia. Nessas pirâmides, cada nível trófico é representado por um retângulo ou, então, por um paralelepípedo, cuja dimensão horizontal
é proporcional ao número de indivíduos na pirâmide de números, à biomassa na pirâmide de biomassa
e à produtividade na pirâmide de energia. A dimensão vertical (altura) dessas figuras geométricas é
sempre a mesma para os diversos níveis tróficos.
A pirâmide de números é edificada com a superposição de retângulos horizontais da mesma altura,
sendo o comprimento proporcional ao número de indivíduos existentes em cada nível trófico.
Na típica pirâmide de números, o número de indivíduos diminui a cada nível trófico. São necessários
vários produtores para alimentar um pequeno número de herbívoros, que, por sua vez, servirão de alimento a um número menor de carnívoros.
A forma de uma pirâmide de números pode ser muito variada. Assim, uma árvore pode ser o produtor
que nutre numerosos insetos, que servem de alimento a algumas aves. Neste caso, tem-se a pirâmide
esquematizada na figura a seguir.
Uma pirâmide invertida pode ocorrer quando uma planta é parasitada por pulgões, que, por sua vez, são
parasitados por protozoários.
Uma pirâmide de números tem o inconveniente de nivelar os organismos sem levar em conta seu tamanho e sem representar adequadamente a quantidade de matéria orgânica existente nos diversos níveis.
A biomassa (ou massa orgânica) representa a quantidade de matéria orgânica, por área ou por volume,
em unidades ecológicas, como os ecossistemas, níveis tróficos, populações ou mesmo indivíduos.
A quantidade de matéria orgânica pode ser estimada de diferentes formas, mas vamos considerar como
exemplo massa seca (material colocado em estufa a cerca de 100 °C para perder água).
Supondo um campo rico em gramíneas, pode-se determinar a biomassa desses produtores do seguinte
modo: delimita-se uma área, colhe-se toda a vegetação contida nela e coloca-se o material em estufa
para determinação da massa seca. Essa massa, dividida pela área da amostra (por exemplo, em m2
),
resulta em uma estimativa da quantidade de matéria orgânica seca por unidade de área (gramas/m2
ou
kg/m2
). Se for conhecida a área total do campo, pode-se estimar sua biomassa total.
A pirâmide de biomassa (pirâmides das massas) representa graficamente a biomassa, ou seja, a massa
de matéria orgânica dos organismos em cada nível trófico.
A pirâmide de biomassa é melhor que a de números, por indicar, para cada nível trófico, a quantidade de
matéria viva presente. Contudo, tal pirâmide atribui a mesma importância aos diversos tecidos, embora
tenham valores energéticos diferentes. Não se leva em conta o fator tempo, uma vez que as biomassas
podem ter sido acumuladas em alguns dias, como é o caso do fitoplâncton, ou em centenas de anos,
como ocorre em uma floresta.
A melhor representação da cadeia alimentar é a pirâmide de energia, em que cada nível trófico é representado por um retângulo, cujo comprimento é proporcional à quantidade de energia acumulada no
nível. Tal pirâmide apresenta sempre o vértice para cima.
Podemos afirmar que essa pirâmide representa o fluxo de energia, ou seja, a quantidade de energia
que passa ao longo dos níveis tróficos. Essa energia pode entrar no primeiro nível trófico na forma de
luz (no caso dos produtores fotossintetizantes) e nos demais na forma de energia química presente nos
alimentos. Ao longo dos níveis tróficos, parte da energia é dissipada para o meio abiótico na forma de
calor.
A pirâmide de energia nunca é invertida, pois mostra uma consequência natural das leis da termodinâmica, que são universais.
A primeira lei afirma que a energia pode ser transformada (energia luminosa
em energia química, por exemplo), porém jamais é criada ou destruída. A segunda lei afirma que em
todo processo de transformação de energia há sempre liberação de energia calorífica, não aproveitável.
Assim, o fluxo unidirecional de energia é um fenômeno universal.
No caso dos ecossistemas, há sempre perda de energia calorífica ao se passar de um nível trófico para
outro. Por isso, as pirâmides de energia nunca são invertidas.
Um dos inconvenientes das pirâmides de energia é que nelas não há lugar adequado para os decompositores, que são uma parcela importante do ecossistema. Além disso, muita matéria orgânica em um
ecossistema pode não ser utilizada nem decomposta, ficando armazenada. As pirâmides de energia
não mostram claramente a parte da energia que é armazenada.
ATIVIDADES
O texto a seguir deve ser utilizado para responder às questões 01 e 02.
Uma cadeia alimentar marinha de quatro níveis tróficos pode ser composta pelos seguintes elementos:
Fitoplâncton como produtores, zooplâncton como consumidores primários, anchovas como consumidoras secundárias e atuns como consumidores terciários.
01 - (UEL) Uma cadeia alimentar marinha de quatro níveis tróficos pode ser composta pelos seguintes
elementos: Fitoplâncton como produtores, zooplâncton como consumidores primários, anchovas
como consumidoras secundárias e atuns como consumidores terciários. Com base no texto e nos
conhecimentos sobre cadeias alimentares marinhas, é correto afirmar:
a) Fitoplâncton são organismos macroscópicos de vida longa, com pouca energia disponível.
b) Zooplâncton são organismos macroscópicos de vida longa, com muita energia disponível.
c) A maior quantidade de energia está disponível nos produtores.
d) Atuns são consumidores de vida curta, devido à baixa disponibilidade de energia interna.
e) O nível de energia da cadeia determina os ciclos de vida dos produtores.
02 - Construa uma pirâmide de biomassa e outra de energia utilizando-se dos organismos citados no texto.
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