3º Ano - Ensino Médio - Noturno - Filosofia - Agir e Poder.
PLUTARCO
Lúcio Méstrio Plutarco - Queroneia, 46 d.C. – Delfos, 120 d.C., foi um historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo médio platônico grego, conhecido principalmente por suas obras: Vidas Paralelas e Morália.
Plutarco era um platônico, mas também era aberto à influência dos Peripatéticos, tendendo em alguns
detalhes até mesmo ao Estoicismo, apesar de sua polêmica contra os seus princípios. Ele rejeitou em
absoluto somente o Epicurismo. Interessado em questões morais e religiosas, atribuiu pouca importância às questões teóricas e duvidou da possibilidade de algum dia estas questões serem resolvidas.
Em oposição ao materialismo estoico e ao "ateísmo" epicurista, alimentou a ideia de Deus que estava
mais de acordo com Platão e adotou um segundo princípio (díade), a fim de explicar o mundo fenomenal. No entanto, ele buscou esse princípio não em uma matéria indeterminada, mas na maligna alma do mundo, que desde o início está ligada à matéria, mas no momento da criação era cheia de razão e fora
arranjada por ela; assim, a alma do mundo foi transformada em alma divina do mundo, mas continuou a
funcionar como a fonte de todo mal.
Escreveu belos tratados de conduta moral que ainda hoje podem ser lidos.
Um deles mostra como distinguir bajuladores e amigos. O outro fala como se deve lidar, da melhor forma possível, com os inimigos.
Plutarco não traz uma visão malandra, como se pode pensar numa primeira e rápida leitura do título,
mas decente, sábia, e nem por isso menos útil. Ele recorre a outro filósofo grego, Xenofonte, para dar
início a seu pequeno ensaio: “É próprio de um homem ponderado tirar proveito de seus inimigos”. E
depois cita mais um pensador grego, Diógenes, para mostrar o coração, a alma de sua tese: “Como me
defenderei contra meu inimigo? Tornando-me, eu próprio, virtuoso”.
Os inimigos reflete Plutarco, como que nos obrigam a andar pela linha reta, uma vez que seus olhos
estão continuamente sobre nós, ávidos por captar nossas faltas e propagandeá-las. Eles exercem uma
espécie de censura benigna sobre nós. Impedem-nos de sermos moralmente frouxos. É aí que tiramos
proveito deles, segundo Plutarco. “A inveja de nossos inimigos é um contrapeso à nossa negligência”,
diz ele. “Além disso, nós nos vingamos utilmente de um inimigo afligindo-o com o nosso aperfeiçoamento moral”.
Plutarco recomenda generosidade com os inimigos. Ele cita uma história exemplar. César, numa das
guerras civis romanas, derrotou Pompeu, a quem sempre admirou. Uma de suas primeiras ordens foi
para que fossem reerguidas as estátuas derrubadas do grande general batido e morto. Disse sobre isso
Cícero a César: “Ao reerguer as estátuas de Pompeu, você consolidou as suas”.
O aperfeiçoamento moral de que tanto fala Plutarco incluía um esforço dedicado e paciente para louvar
os inimigos e evitar rancor diante de seu sucesso. O que há de mais belo nesse esforço, como ele destaca, é que assim ficamos cada vez mais longe da inveja do sucesso não apenas dos nossos inimigos
– mas, sobretudo dos nossos amigos.
Fonte: Disponível em: Wikipédia, a enciclopédia livre.
. Acesso em: 30 setembro de 2020
a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam divergir.
b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as
pessoas.
c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes.
d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias.
e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar
divergências.
02 – “A inveja de nossos inimigos é um contrapeso à nossa negligência”, diz ele. “Além disso, nós nos
vingamos utilmente de um inimigo afligindo-o com o nosso aperfeiçoamento moral”. (Plutarco)
Apresente em um parágrafo o seu entendimento do trecho acima, apresentando, com base em sua
prática de vida, a validade ou não deste ensinamento e justifique.
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