3º Ano - Ensino Médio - Noturno - Geografia - As disputas geopolíticas e diferentes fronteiras e a organização da geografia política do mundo atual, estado e organização do território.
TEMA: CONFLITOS E TENSÕES NO MUNDO ATUAL
Conflitos e tensões no mundo atual
Segundo a ONU, existem atualmente 30 regiões do mundo com a presença de conflitos armados. A
maior parte destes conflitos envolve disputas por território, diferenças étnicas, religiosas e o controle
de recursos naturais. Existem ainda zonas de grande tensão geopolítica, como é o caso da Coreia do
Norte e do Irã. Outros casos incluem a presença de movimentos separatistas, alguns ligados ao terrorismo, criando instabilidades políticas e econômicas.
Foco de tensão na América
Colômbia: um dos conflitos mais antigos da América Latina, surgiu em 1964, quando liberais colombianos fundaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, popularmente conhecida como FARC-
-EP, influenciados pelas ideias de Fidel Castro e sob a liderança de Manuel Marulanda, buscam a criação de um Estado socialista, refletindo até hoje no cenário político da Colômbia. Os Estados Unidos
pressionaram o Exército Colombiano para combater o comunismo, porém os rebeldes reagiram e criaram outro grupo de esquerda, o Exército de Libertação Nacional (ELN) que se juntou às FARC-EP pelo mesmo ideal marxista. A guerra civil colombiana tornou-se extremamente ligada ao tráfico de drogas
internacional, pois as FARC-EP e o ELN financiavam os custos de guerra através do tráfico de drogas e
do sequestro de civis, fazendo também com que a violência no país matasse cerca de 30 mil pessoas.
Em novembro de 2016, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos e o líder da guerrilha, Rodrigo
Londoño, assinaram um acordo de cessar-fogo. Em junho de 2017, as FARC entregaram todas as armas
à ONU. Contudo, as armas pesadas ainda estão sendo localizadas e destruídas.
México: Uma verdadeira guerra civil em função das disputas territoriais pelo tráfico de drogas. Os conflitos são mais fortes quanto mais se aproxima da fronteira com os EUA, principal destino dos entorpecentes contrabandeados. Como os lucros são muito altos, diversos grupos armados e gangues lutam
para controlar o acesso às áreas por onde as drogas chegam aos EUA. Existem diversos cartéis atuantes no território mexicano, como os Cavaleiros Templários, Sinaloa, Juarez, Beltran, Los Zetas, Arellano
Felix (Tijuana). Esses grupos vivem em constante conflito, o que já gerou muitas mortes, sequestros e
corrupção política. Para financiar suas atividades esses grupos criminosos extorquem dinheiro de comerciantes e até mesmo da população. Outra prática muito comum é a realização de sequestros, tanto
para obtenção de resgate quanto para o transporte de drogas.
Foco de tensão na África
Os conflitos na África são basicamente motivados por disputas territoriais, golpes de estados que geram crises políticas, rivalidades tribais motivadas por questões étnicas ou religiosas, disputas por água
e recursos minerais e imersão do povo na miséria. Essas motivações são provenientes do processo de
colonização do continente, da Guerra Fria, da intervenção de terceiros Estados e de eleições conturbadas.
Sudão e Sudão do Sul: A Primeira Guerra Civil Sudanesa ocorreu entre os anos de 1955 e 1972. Esse conflito bélico, travado entre o governo do Sudão e rebeldes do sul, tinha por objetivo a separação da região
sul do Sudão. Essa guerra civil dizimou cerca de meio milhão de pessoas. Cessou com o acordo conhecido como Tratado de Adis Abeba, que afirmou a independência e a autonomia da região sul do Sudão,
criando, então, o Sudão do Sul. Porém, em 1983, iniciou à Segunda Guerra Civil Sudanesa, conflito que
durou de 1983 a 2005. Essa guerra foi um embate entre a parte norte do Sudão e a parte sul. A motivação
desse conflito foi uma questão religiosa: o governo da região norte, que era muçulmano, tentou impor
o código de leis do islamismo em todo o país. Contudo, boa parte da população da região sul do Sudão
era cristã ou animista. Esse conflito bélico perdurou cerca de 20 anos e dizimou aproximadamente 2
milhões de pessoas. Em 2005 foi assinado um acordo de paz e, a partir disso, surgiu a região autônoma
do Sudão do Sul. Essas guerras sudanesas tiveram como consequência um quadro de miséria, fome,
doenças e muitos refugiados. Atualmente, o Sudão do Sul vive um quadro dramático de fome e tem
enfrentado problemas em relação ao número de refugiados que se deslocaram para lá. O conflito mais
atual no Sudão do Sul, de ordem política, é travado entre os rivais Salva Kiir, presidente do país, e Riek
Machar, o maior líder rebelde sudanês. Essa guerra civil estende-se desde o ano de 2013 e é motivada
por esse conflito político e étnico, que vitimou cerca de 10 mil pessoas e arruinou a economia do país.
Nigéria: Os conflitos de ordem religiosa e por disputas de recursos naturais assolam o país. Na região
norte do país, concentram-se muçulmanos; na região sul, concentram-se cristãos. O conflito entre
essas duas ordens religiosas já deixou milhares de pessoas mortas desde o ano de 1953. Em 2009, o
conflito iniciado pelo Boko Haram, uma organização terrorista, vitimou mais de 15 mil pessoas com o
objetivo de combater os princípios ocidentais. Em 2014, esse grupo radical islâmico ganhou notoriedade quando raptou cerca de 270 mulheres nigerianas para serem escravas sexuais e para serem usadas
em combates. Já no ano de 2017, segundo a Unicef, cerca 83 crianças foram usadas como bombas pelo
Boko Haram, o que chocou o mundo.
Ruanda: País do centro-oriental da África, formado pelos grupos étnicos hutus, que representam cerca
de 85% da população, e tutsis, uma minoria que dominou o país por um longo período. Desde a colonização, acentuou-se uma grande rivalidade entre os povos hutus e tutsis. Entre os anos de 1990 e 1994,
ocorreu a Guerra Civil de Ruanda. Nessa época, a oposição formada pelos tutsis atacou as tropas do
governo, cujo presidente era Juvénal Habyarimana (hutus). O maior desdobramento dessa guerra civil
ocorreu em 1994 e ficou conhecido como Genocídio de Ruanda. O presidente Habyarimana foi assassinado. Extremistas hutus, então, começaram um intenso massacre, que vitimou 800 mil pessoas em
Ruanda. Atualmente, como forma de evitar outros conflitos, é ilegal falar sobre etnia no país. O genocídio, além de dizimar o país, empobreceu ainda mais a população, que vive em estado de miséria. Esse
mesmo conflito entre hutus e tutsis acontece em Burundi, país vizinho de Ruanda.
Mali: Vários grupos armados encontram-se no país e realizam diversos ataques, gerando uma crise humanitária. A população culpa o governo por discriminar grupos minoritários, que alegam ser marginalizados. As revoltas desses grupos aconteceram nos anos de 1962, 2000, 2006 e 2012. No território
de Mali já existe uma missão de paz da ONU, por meio da operação Organização das Nações Unidas de
Estabilização Multidimensional Integrada no Mali.
República Democrática do Congo: Recheado de conflitos de questões políticas, econômicas, étnicas
e culturais, a República Democrática do Congo enfrentou inúmeros golpes de Estado e governos ditadores. A ONU já estabeleceu, sem sucesso, três missões de paz nesse território. Os atuais conflitos
envolvem, principalmente, disputas de poder na política e na economia. No país há presença de diversos grupos armados, e governos de países vizinhos acusam o governo congolês de apoiar esses grupos
rebeldes.
Angola: Iniciado após a independência do país, o conflito na Angola perdurou por quase três décadas.
A Guerra Civil Angolana iniciou-se em 1975 e cessou-se em 2002 por meio de acordos de paz. Essa
guerra foi protagonizada pelo Movimento Popular de Libertação da Angola e pela União Nacional para a
Independência Total de Angola, que travaram uma luta pelo poder. Considerada uma das guerras mais
prolongadas em território africano, teve como vitorioso o Movimento Popular de Libertação da Angola
em 2002, porém vitimou cerca de 500 mil pessoas, devastando o território angolano, que ainda vive a
tensão desse conflito.
Guerra Civil na Somália: Em 1969, um golpe militar levou um general ao poder na Somália. Em janeiro de
1991, rebeldes derrubaram a ditadura militar e o país se dividiu em várias regiões, cada qual controlada
por um clã ou um grupo de clãs. Em maio de 1991, a região que anteriormente correspondia à Somália
Britânica declarou sua independência com o nome de República da Somalilândia. Mais de vinte clãs armados, em disputa territorial, deflagraram uma guerra civil. Em 1998, o nordeste da Somália, conhecido
como Puntland, também estabeleceu seu próprio governo. Um novo governo somali foi formado fora do
país em 2004, mas os conflitos continuam.
Foco de tensão na Ásia
Na Ásia, o principal ponto de conflito está localizado no Oriente Médio, mais precisamente no confronto
entre árabes e israelenses e xiitas e sunitas.
Iraque: As divergências estão ligadas às questões religiosas, econômicas, territoriais e étnicas. O país
é protagonista de confrontos com o Irã e o Kuwait, além da divergência externa com os Estados Unidos.
Os curdos: são uma etnia originária do Oriente Médio e calcula-se que existem cerca de 30 milhões de
curdos espalhados pelo mundo. Este povo fez parte do Império Turco-Otomano e não recebeu um território para constituir um país independente após a Primeira Guerra Mundial. Hoje, além de lutar por um
território autônomo, estão na linha de frente da guerra contra o Estado Islâmico.
Afeganistão: A instabilidade política está presente há décadas e é promovida pela religião: 20% da população é xiita e 80% sunita. Além disso, existem as divergências e rivalidades entre as tribos nativas,
promovendo um elevado número de refugiados (aproximadamente 3,5 milhões de pessoas).
Caxemira: consiste na disputa entre Índia e Paquistão por este território desde 1947. O foco de tensão é
estimulado pela intolerância entre mulçumanos e hindus, além disso, o problema é agravado porque as
duas nações possuem armas nucleares.
China e o Tibet: O Conflito teve início quando a China se tornou socialista no ano de 1949 e quando, no
ano seguinte, esse país integrou ao seu território o Tibet, que possui uma restrita autonomia. Na busca
por uma independência total, os monges budistas, sempre liderados pelo líder espiritual Dalai Lama, se
rebelaram contra os chineses. Apesar disso, essa ação foi reprimida pelo exército chinês.
Indonésia: é um país constituído por um enorme arquipélago integrado, por cerca de 17.000 ilhas e abriga uma população estimada de 215 milhões de habitantes. Desse total, muitos são de etnias e religiões
distintas, o que gera uma intolerância entre os grupos rivais e automaticamente confrontos armados.
Palestina: É uma região do Oriente Médio, na Ásia, localizada entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo.
Diversos povos viveram na Palestina durante milhares de anos. Em 1948, a maior parte da Palestina
passou a formar um país chamado Israel. O espaço geográfico que, até 1948, pertencia completamente
à Palestina, está hoje repartido em três regiões: uma corresponde a Israel e as outras, a Faixa de Gaza
e a Cisjordânia, habitadas em grande parte por árabes de origem palestina, compreendem o almejado
Estado da Palestina, mas continua ocupado por israelenses, na ausência de um tratado de paz definitivo. O povo palestino se encontra atualmente disseminado em países árabes ou em territórios reservados aos refugiados. A Palestina também é conhecida como Terra Santa, por ser um lugar sagrado para
as três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. É uma região importante para os
judeus, porque o antigo reino de Israel ficava lá e eles acreditam que Deus lhes havia prometido essa
terra. Para os cristãos, é importante porque Jesus vivia lá. E, para os muçulmanos, é o centro de vários
locais sagrados.
Após a criação de Israel, os palestinos foram tendo que deixar sua terra. Alguns deram início a um movimento para ter seu país de volta e, em 1964, formaram a Organização para a Libertação da Palestina
(OLP). De vez em quando os palestinos atacavam os israelenses. Estes, por sua vez, revidavam aos ataques. Na década de 1990, líderes israelenses e palestinos começaram a tentar encontrar uma solução
pacífica para compartilhar a Palestina. Apesar disso, os combates continuaram.
Sionismo, também conhecido como sionismo político, é o termo utilizado para se referir a um movimento político que surgiu na comunidade judia europeia no final do século XIX e que defendia a ideia
da formação de um Estado Nacional que abrigasse os judeus na Palestina. A partir dessa definição, é
importante esclarecer que, quando surgiu, o sionismo não tinha apenas um caráter nacionalista, mas
era um movimento que visava colonizar definitivamente a Palestina.
Guerra na Síria: Começou em 2011, dentro do contexto da Primavera Árabe quando houve uma série de
protestos contra o governo de Bashar al-Assad (1965). Como resposta ao protesto, o governo ordenou
às forças de segurança que abrissem fogo contra os manifestantes, causando várias mortes. O dirigente máximo do país foi afastado. Entretanto, o presidente sírio respondeu com violência e usou o Exército para se reprimir os manifestantes. Por sua vez, a oposição começa a se armar e lutar contra as forças
de segurança. Os dois lados do conflito começam a impor o bloqueio de alimentos aos civis. Também é
interrompido ou limitado o acesso à água. Por diversas vezes, as forças humanitárias são impedidas de
entrar na zona de conflito. Além disso, o Estado Islâmico aproveita a fragilidade do país e se lança para
conquistar cidades importantes em território sírio.
Sunitas e os xiitas: são dois grupos de muçulmanos que apresentam diferenças políticas e, por isso,
estiveram muito tempo em conflito. Os conflitos entre sunitas e xiitas existe há séculos, ou seja, desde 632 d.C., ano da morte de Maomé. Esse fato foi propulsor para desencadear desavenças entre esses
povos, que até os dias atuais cometem atos de violência entre eles. Muitos países foram palco desses
conflitos, sobretudo o Líbano, a Síria, o Iraque e o Paquistão. Entre os membros dos grupos de xiitas e
sunitas, eles cultivam ódio e aversão. A Guerra Civil no Líbano, a Revolução Iraniana de 1979, os conflitos atuais na Síria e no Irã confirmam que a história de violência entre esses grupos, infelizmente, está
longe de ser resolvida.
Estado Islâmico do Iraque e Levante (EI): é um califado com atuação terrorista que controla regiões
no Iraque e na Síria e baseia sua ideologia em interpretações radicais de determinados princípios do
Islamismo. Esse califado, um Estado que é governado por uma autoridade religiosa, o califa, foi criado
em 29 de junho de 2014 e espalha o terror sobre a população das regiões que controla, perseguindo minorias e organizando ataques terroristas em outras partes do mundo, como os ataques recentemente
ocorridos na França.
O Estado Islâmico impõe a sharia, a lei islâmica, nos territórios dominados e persegue minorias religiosas, além de lutar contra outros grupos islâmicos. A violência do Estado Islâmico é utilizada para impor
o medo e, por conseguinte, o respeito nas regiões que controlam. Com o rígido controle da sharia, o
grupo impõe punições pesadas a todos aqueles que não seguem o Corão, além de perseguir e matar
cruelmente qualquer tipo de minoria, como cristãos, curdos, yazidis, homossexuais etc. Seus seguidores conseguem manter sua jihad, ou guerra santa, com a venda de barris de petróleo, tráfico de mercadorias e doações de simpatizantes de várias partes do mundo.
Somália: Localizada na região conhecida como Chifre da África, a Somália é dilacerada há duas décadas pela violência de guerras internas entre governo e terroristas, gerando, assim, um fluxo constante
de refugiados e deslocados internos, incrementado ainda por fatores como a grave seca que atinge a
região. Esse cenário faz da Somália o quarto país que mais gera refugiados no mundo, atrás de Síria,
Afeganistão e Sudão do Sul, de acordo com o relatório mais recente (Global Trends 2016) do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). São 1,1 milhão ao todo, sendo que a maior parte deles está em
países próximos, como Etiópia (246.742), Quênia (308.651), Iêmen (255.637), Djibouti (13.263) e Uganda
(42.232). Apenas neste ano, 4,3 mil novos somalis chegaram à Etiópia.
Foco de tensão na Europa
Questão do povo basco: O povo basco está distribuído no nordeste da Espanha e sudoeste da França.
Essa etnia luta pela independência política e territorial há pelo menos 40 anos. Os bascos correspondem a um grupo social de origem não identificada e que provavelmente teria chegado à península Ibérica há 2000 anos. Em todo esse tempo, as nações que estão subordinadas conservaram seus principais
aspectos culturais, como a língua (euskara ou vasconço), costumes e tradições. A partir dessa luta, no
ano de 1959, foi criado um movimento com ideias socialistas e separatistas denominado de ETA (Euskadi ta Askatsuna ou Pátria Basca e Liberdade), que com seu o surgimento, iniciaram os atentados,
sobretudo às autoridades políticas.
Irlanda do Norte (Ulster): O Exército Republicano Irlandês, popularmente conhecido como IRA (siglas
para Irish Republican Army), foi um dos mais ativos grupos terroristas do século XX. Sua atuação ficou
marcada pela formação de grupos paramilitares que arquitetavam diversos atentados terroristas contra seu maior alvo: a Inglaterra. A oposição à nação inglesa era prioritariamente motivada pelo interesse
de tornar a Irlanda do Norte uma região politicamente independente da Inglaterra. Outra questão que
motivava a ação deste grupo também tinha a ver com as diferenças religiosas encontradas no território
norte-irlandês. A maioria da população, cerca de 60%, era praticante do cristianismo protestante e, por
isso, acabava impondo seus costumes e interesses políticos em oposição a uma minoria de católicos.
Com isso, parte dessa minoria religiosa viu no discurso nacionalista, militar e anti-britânico uma via de
afirmação política e religiosa.
Os Balcãs: Outro caso de focos de conflitos no continente europeu tem relação com a península balcânica. O desconforto ou descontentamento nesse caso diz respeito às questões étnicas, uma vez que
estão inseridas na região diversas origens de povos, como os sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, macedônios, bósnios e albaneses. As divergências contidas entre esses povos são desenvolvidas
ao longo de muito tempo. O que provoca tensão nessa região é a temática nacionalista e étnica.
Região da Crimeia: província semiautônoma da Ucrânia, localizada em uma península no sul do país,
revelam as relações existentes entre os ucranianos e os russos, desde a extinção da União Soviética.
A população dessa região, em sua ampla maioria, utiliza o idioma russo e mantém-se mais vinculada a
Moscou do que propriamente a Kiev, capital da Ucrânia. Assim, com as recentes transformações que
marcaram a política do país, a província em questão passou a tornar-se palco de extrema instabilidade
política. Essa península possui uma importância econômica e outra estratégica, configurando-se como
uma importante via de ligação entre o Mar Negro e o Mar de Arzov, servindo também de entreposto
comercial para a Europa, além de ser uma grande produtora de grãos e alimentos industrializados. Por
outro lado, a Europa e os Estados Unidos objetivam diminuir a influência russa na zona formada pelas
ex-repúblicas da antiga União Soviética.
ATIVIDADES
01 – Na esteira da discórdia entre judeus e palestinos, nos territórios por eles disputados, está o
movimento sionista, apontado por muitos como um dos principais elementos relacionados ao
aumento das tensões entre ambos os lados da questão. De toda forma, o sionismo não é a causa
do problema em si, mas um de seus fatores históricos mais importantes. O que é sionismo e qual
a sua relação com o conflito na Palestina?
02 – Quais os principais fatores responsáveis pelos conflitos no continente africano?
03 – Associe os conflitos africanos aos seus respectivos países:
(1) Conflito de ordem religiosa iniciado em 2009 pelo grupo terrorista Boko Haram. Vitimou mais de 15
mil pessoas.
(2) Guerra Civil realizada entre os anos de 1990 e 1994 entre os povos tutsis e hutus.
(3) Conflitos motivados por vários grupos armados, que culpam o governo de discriminar grupos minoritários.
(4) Com duas décadas de violência e guerras internas entre governo e terroristas, esse país tem gerado
o maior fluxo constante de refugiados e deslocados internos.
( ) Mali ( ) Somália ( ) Nigéria ( ) Ruanda
04 – Quem são os refugiados? Quais os problemas sofridos por esse grupo de pessoas?
05 – A busca incessante pela independência promoveu o surgimento de movimentos nacionalistas
importantes nas últimas décadas, dentre eles, os movimentos basco e curdo. Descreva a luta
desses dois povos e as consequências geradas.
06 – O conflito interno na Colômbia dura mais de 50 anos e deixou cerca de 250 mil mortos. Sobre esse
conflito, descreva os seus participantes, suas ideologias, como eles financiavam suas atividades
e qual a realidade hoje.
07 – Analise as assertivas abaixo referentes à Caxemira e assinale (V) para verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) A Caxemira é uma região disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão, em virtude de localizarem-se, nessa área, as nascentes dos rios Indo e Ganges, além de outras razões.
( ) Índia e Paquistão travaram três guerras desde a independência da Inglaterra, em 1947. Duas delas
foram por disputas da Caxemira.
( ) A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão, um terço; a China, o resto.
( ) Os muçulmanos são maioria na região e, há 12 anos, começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da
área. A Índia prefere a mediação internacional.
08 – Faça um breve resumo sobre o que é, como surgiu, sua ideologia e práticas do Estado Islâmico.
09 – Explique porque a Crimeia vive intensa instabilidade política.
Comentários
Postar um comentário