3º Ano Ensino Médio - Noturno - A literatura brasileira e outras manifestações culturais.
ATIVIDADE 1
“Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades”
Adélia Prado (1935)
Poetisa mineira, Adélia é uma escritora da literatura brasileira contemporânea. Além de poesias, escreveu romances e contos onde explora, em grande parte, o tema da mulher.
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim,
ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
ATIVIDADE 2
Como a mulher do poema de Adélia Prado é representada?
Jorge de Lima (1893-1953)
Poeta brasileiro modernismo nascido em Alagoas, Jorge de Lima ficou conhecido como “príncipe dos poetas alagoanos”. Grande destaque da segunda geração modernista no Brasil, além de poemas, ele escreveu romances, peças de teatro e ensaios.
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
Coloque V (verdadeiro) e F (Falso)
( ) O trocadilho entre “prole” e “proletária” assinala a função social da mulher no contexto do poema.
( ) A gradação na segunda estrofe aponta para a submissão da mulher e para a salvação do homem operário.
( ) Os dois últimos versos na primeira estrofe constituem eufemismos das ideias de mortalidade e de trabalho infantil.
( ) As metáforas “fábrica” e “máquina humana” são, de certo modo, desveladas pela construção parentética “fabrica filhos”.
( ) Os últimos versos do poema sugerem que o trabalho da mulher pode levar sua família à ascensão social.
“Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades”
Autor desconhecido
Explique os versos acima com suas palavras
Poetisa mineira, Adélia é uma escritora da literatura brasileira contemporânea. Além de poesias, escreveu romances e contos onde explora, em grande parte, o tema da mulher.
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim,
ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
ATIVIDADE 2
Como a mulher do poema de Adélia Prado é representada?
Jorge de Lima (1893-1953)
Poeta brasileiro modernismo nascido em Alagoas, Jorge de Lima ficou conhecido como “príncipe dos poetas alagoanos”. Grande destaque da segunda geração modernista no Brasil, além de poemas, ele escreveu romances, peças de teatro e ensaios.
Mulher proletária
Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos) tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
n: Poesia completa. 2.ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980. v.1
ATIVIDADE 3
O poeta Jorge de Lima é representativo da segunda geração modernista da literatura brasileira. Após analisar as proposições abaixo acerca dos recursos expressivos que constroem a imagem da mulher proletária de seu poema em evidência.
( ) O trocadilho entre “prole” e “proletária” assinala a função social da mulher no contexto do poema.
( ) A gradação na segunda estrofe aponta para a submissão da mulher e para a salvação do homem operário.
( ) Os dois últimos versos na primeira estrofe constituem eufemismos das ideias de mortalidade e de trabalho infantil.
( ) As metáforas “fábrica” e “máquina humana” são, de certo modo, desveladas pela construção parentética “fabrica filhos”.
( ) Os últimos versos do poema sugerem que o trabalho da mulher pode levar sua família à ascensão social.
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