3º Ano Ensino Médio - Noturno - Mundo contemporâneo, República e modernidade, Cidadania e democracia: de 1930 aos dias atuais.

 TEMA: A afirmação das superpotências (EUA X URSS)

FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS..
Plano Quinquenal: Os planos quinquenais foram um instrumento de planificação econômica implantado por Stalin na antiga União Soviética, com o objetivo de estabelecer prioridades para a produção industrial e agrícola do país para períodos de cinco anos. Visando tornar a URSS autossuficiente, neles se determinavam as metas, por setor econômico, do que seria investido e o do que seria produzido. Considerava-se crime contra o Estado o não cumprimento das metas de produção estabelecidas.

PARA SABER MAIS


Leia o texto a seguir e em seguida responda às questões.. 
O trauma da Grande Depressão foi realçado pelo fato de que um país que rompera clamorosamente com o capitalismo pareceu imune a ele: a União Soviética. Enquanto o resto do mundo, ou pelo menos o capitalismo liberal ocidental, estagnava, a URSS entrava numa industrialização ultrarrápida e maciça sob seus novos Planos Quinquenais. 
[...] E mais, não havia desemprego. Essas conquistas impressionaram mais os observadores estrangeiros de todas as ideologias, incluindo um pequeno, mas influente fluxo de turistas socioeconômicos em Moscou em 1930-1935, que o visível primitivismo e ineficiência da economia soviética, ou a implacabilidade e brutalidade da coletivização e repressão em massa de Stálin. 
[...] Qual era o segredo do sistema soviético? Poder-se-ia aprender alguma coisa com ele? Ecoando os Planos Quinquenais da URSS, “Plano” e “Planejamento” tornaram-se palavras da moda na política. 
(HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX: 1914 -1989. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p. 101). 

1 — O que permitiu a relativa imunidade soviética à depressão econômica da década de 1930? 

2 — Explique por que o modelo soviético despertou a atenção dos analistas econômicos na década de 1930. 

Leia o texto a seguir e responda. 
É intolerável e estranho ao espírita do marxismo-leninismo exaltar uma pessoa e dela fazer um super-homem dotado de qualidades sobrenaturais, semelhantes às de um deus. Esse sentimento a respeito de Stálin existiu durante muitos anos. Após a guerra, a situação só se complicou. Stálin tornou-se ainda mais caprichoso, irritadiço e brutal [...] A seus olhos, numerosos militantes se tornaram seus inimigos. Tudo ele decidia, sozinho unicamente, sem consideração por qualquer um ou por quem quer que fosse. (Nikita Krushev, em relatório ao XX Congresso do PCUS, em 1956. Citado por FRANCOIS D.; FRANCOIS, J.; HAUREZ, R., L’époque contemporaine. Paris: Bordas, 1971. p. 244). 

1 — Discuta com o seu colega contradição apontada por Krushev entre o projeto socialista e o regime Stalinista.

A Revolução Socialista Chines
Em 1911, um movimento republicano dirigido pelo Partido do Kuomitang (Partido Nacional do Povo) conseguiu promover a queda da monarquia Manchu, no poder desde o século XVII, e subordinar o Estado chinês às diretrizes de um novo governo, que apresentava como prioridades a modernização do Estado por meio do nacionalismo econômico, a democracia liberal e o bem-estar social. A República do Kuomitang foi, inicialmente, comandada pelo médico e ativista político Sun YatSen. Posteriormente, em 1921, tendo como referência a Internacional Comunista sediada em Moscou (Komintern), o líder estudantil Mao Tsé-Tung fundava no país o Partido Comunista Chinês. 
Após a morte de Sun Yat Sen, em 1925, ascendeu ao poder o militar e líder do Kuomitang, Chiang KaidShek. Depois de comandar a “Expedição do Norte” responsável pela vitória sobre os potentados locais (“senhores da guerra”) que ainda resistiram ao governo republicano do Kuomitang Chiang Kai Shek assegurou a unidade nacional do Estado chinês. 
Adotando uma postura política mais conservadora voltou-se contra os simpatizantes de Mao TséTung, ordenando a repressão aos comunistas. (“Massacre de Xangai” — 1927), inaugurando o clima de hostilidade contra os membros do PCC. 
Em 1931, a partir das províncias meridionais de Hunan e Jiangxi, Mao Tsé-tung articula um movimento revolucionário contra as forças do Kuomitang, defendendo a tomada do poder através da luta armada orientada pela tática de guerrilha. 
Para fugir ao cerco das tropas de Chiang KaiShek, entre outubro de 1934 e outubro de 1935, Mao Tsé-Tung empreendeu, com um exército de 100 mil integrantes, a “Longa Marcha”, atravessando 10 mil quilômetros do território chinês, com o objetivo de instalar, no noroeste do país, uma base para a sua ação revolucionária. Apesar da morte de praticamente 80 mil guerrilheiros, a “Longa Marcha” estimulou a difusão dos ideais revolucionários sobre os grupos campesinos, reafirmou a autoridade de Mao Tsé-Tung e estruturou as bases militares de suas tropas na província de Shaanxi. 
O clima de guerra civil entre nacionalistas e comunistas só seria interrompido a partir de 1937, quando as tropas se uniram para lutar contra o Estado japonês que ocupara a região da Manchúria e para combater as forças nazifascistas durante a Segunda Guerra (1939-1945). Com o término da Segunda Guerra e a expulsão definitiva dos japoneses do território chinês, o contorno de guerra civil entre nacionalistas e comunistas restabeleceu-se. Após quatro anos de enfrentamentos, Mao Tsé Tung derrotou as tropas de Chiang Kai-Shek, instalando o regime socialista no pais, a partir da criação da República Popular da China. As lideranças do Kuomitang , por sua vez, refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiman), instituindo o governo da China Nacionalista, de base capitalista, reconhecido naquele momento pelo governo norte-americano. Além da Revolução Socialista Chinesa, a ampliação dos regimes socialistas, após o término da Segunda Guerra , foi também percebida com a emergência das Democracias Populares do Leste Europeu entre 1944 a 1948. Paralelamente, merecem destaque a instituição da República Democrática da Coreia, em 1948; a República Democrática do Vietnã , em 1945; e a adesão da República de Cuba ao marxismo-leninismo em 1961. 
No continente africano, as guerrilhas nacionalistas do Movimento pela Libertação de Angola e da Frente de Libertação Moçambicana assegurariam a implantação do regime socialista nesses dois países a partir de 1975. 
Fonte: Domínio 

Público Leia o texto a seguir e responda. 

Cercada por mitos e impregnada de intensa propaganda oficial, a expressão guerra fria, se baseia num princípio fundamental: a partir do fim II Guerra Mundial, e particularmente a partir de 1949 (ano em que a União Soviética produziu a sua primeira bomba atômica), tamanho era o poderio no militar (nuclear) dos EUA e da União Soviética, que evitavam se destruir passando a se chocar diplomaticamente em locais onde não haveria risco de conflito nuclear. Esta seria a equação básica para as relações internacionais e, na medida em que o conflito EUA X URSS é ideológico e de aniquilação mútua, o mundo teria de se posicionar entre um e outro, formando áreas de influência e blocos diplomáticos. A verdade oficial (proclamada tanto pelo governo norte-americano como pelo governo soviético), que a propaganda incutia em uma ou outra população, era que, enquanto uma nação tentava se defender, a outra se expandia , e tudo não passava de uma formidável luta entre a liberdade e a tirania, a defesa da paz contra o expansionismo militarista. 
(BARROS, Edgard Luiz de. A Guerra Fria. São Paulo: Atual, Campinas: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1988. p. 5). 

1 — Em que se baseava, segundo o texto, a expressão Guerra Fria? 

2 — De que forma a propaganda oficial reforçou a percepção dicotômica da Guerra Fria?


 


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